quarta-feira, 7 de junho de 2017

Pentecostes: Festa da plenitude da Páscoa

Homilia realizada em 15 de maio de 2016 

Solenidade de pentecostes.








Link para download do áudio: Solenidade de Pentecostes

Trecho da homilia:


Se vocês prestam atenção na liturgia da Igreja... nós celebramos antes da Páscoa aquilo que a gente chama de Quaresma... Depois nós celebramos Pentecostes... A quaresma acontece em seis semanas, seis semanas de preparação para a Páscoa. Da Páscoa até Pentecostes... são sete semanas... Qual o significado disso? Seis é o número do homem, o homem foi criado no sexto dia... Sete é o número da plenitude... A quaresma é tempo da preparação do homem... É o tempo que o homem tem para abrir o seu coração, para rasgar seu coração... Este período da Páscoa... É o momento da vida em Deus. Por isso, sete semanas... A festa de Pentecostes é a festa dos cinquenta dias... sete vezes sete mais um... Sete é o número da perfeição... Sete vezes sete significa a grande plenitude... Pentecostes é a FESTA DA PLENITUDE DA PÁSCOA... Por isso mais um, é o selo do Espírito Santo...
Os apóstolos estavam reunidos... No mesmo lugar onde Jesus celebrou a Páscoa com seus discípulos... Lucas liga... duas festas que são inseparáveis... 

O que essa festa fala pra nós?...
Eu falei para vocês que ela recordava quando Moisés subiu o monte Sinai para receber as Tábuas da Lei... e segundo a tradição, essas tábuas foram escritas com o dedo de Deus... Meus irmãos, esta é a figura de Pentecostes. Em Pentecostes, a Igreja reunida recebe o Dom de Deus, a Força de Deus, a potência do Espírito Santo e o Espírito Santo desce verdadeiramente como fogo... Pentecostes é essa manifestação da Glória e do poder de Deus, que nos traz a verdadeira lei, escrita nos nossos corações...
A verdadeira aliança lava no sangue do Cordeiro... O fruto desta aliança é o mandamento do Senhor... é o Espírito Santo derramado em nossos corações, o Espírito Santo é o fruto da Páscoa. Cristo Ressuscitado alcança do Pai Eterno a remissão dos nossos pecados... [o] Espírito Santo... é fruto da redenção. Por isso nós dizemos que o Espírito Santo é fogo... É um fogo aceso pelo sacrifício da Cruz. O Espírito Santo que é Deus... é derramado no mundo pela ação do sacrifício de Cristo... Por isso que Jesus disse "é necessário que eu vá para que Ele venha", é necessário o meu sacrifício... a minha paixão e morte, para que o mundo possa receber este Dom de Deus... 
Ele dá o Espírito Santo primeiro como remissão dos pecados... Quando nós confessamos o padre vai dar a absolvição e diz: “Deus, Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados...” A potência do Espírito Santo é esse fogo que arde para consumir os meus pecados. Esse dia só tem fundamento se for remissão de pecados...

É muito belo nós olharmos Pentecostes hoje e ver o Espírito Santo que é fogo, que é vento, que é trovão... mas para isso o Espírito Santo primeiro purifica os pecados... converte a alma. Pentecostes acontece numa alma convertida... arrependida...quando o meu coração está rasgado... humilhado... é ali que Deus derrama seu Espírito... Nesse coração rasgado, pequeno e ultrajado, tem espaço para o Espírito de Deus... ali o Espírito Santo se derrama...reconstroi a alma... num coração que se esvazia de si mesmo... É isso que é Pentecostes...
O Espírito precisa ser derramado numa terra seca, mas sedenta de Deus... Que quando o Espírito Santo se derrama, aquela terra...possa absorver esta graça... a terra que o Espírito Santo vai renovar é o teu coração, tua alma, tua vida...

O Espírito Santo não é simplesmente sete dons, o Espírito Santo não é simplesmente amor, o Espírito Santo não é simplesmente o que Ele opera em nós. Nós precisamos conhecer o Espírito Santo pelo que Ele é: Terceira Pessoa da Santíssima Trindade Santificador, Vivificador. Ele que provém do Pai e do Filho pelo poder da Cruz e da ressurreição... Não há Pentecostes sem Cruz... A Igreja vive de Pentecostes... Porque a Igreja vive da renovação diária do Cordeiro de Deus que se imola no altar.


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